20 maio, 2018

Pentecostes: "Força do Espírito é um reconstituinte para a vida"

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 Solenidade de Pentecostes. Papa preside missa na Basílica de S. Pedro  (Vatican Media)

Na sua homilia, o Papa afirmou que "o Espírito lembra à Igreja que não obstante os seus séculos de história, é sempre uma jovem de vinte anos, a Noiva jovem por quem o Senhor está perdidamente apaixonado". 

Cidade do Vaticano 

A Basílica de São Pedro ficou lotada na manhã deste domingo (20/05) para a celebração da missa de Pentecostes, presidida pelo Papa Francisco. Cardeais, bispos e sacerdotes, com paramentos vermelhos, para concelebraram a liturgia com o Papa.

A homilia do Papa Francisco começou com a explicação da primeira leitura do dia, que narra a rajada de vento vinda do céu com um ruído e que encheu toda a casa em que os discípulos se encontravam: a vinda do Espírito Santo no Pentecostes é a força divina que muda o mundo. 

Muda os corações
“Aqueles discípulos que antes viviam no medo, fechados em casa, mesmo depois da ressurreição do Mestre, são transformados pelo Espírito e – disse o Papa, desta vez mencionando o Evangelho do dia – «dão testemunho d’Ele»”.

“De hesitantes, tornam-se corajosos e, partindo de Jerusalém, lançam-se até aos confins do mundo. Medrosos quando Jesus estava entre eles, agora são ousados, sem Ele, porque o Espírito mudou os seus corações”.
“ A experiência ensina que nenhuma tentativa terrena de mudar as coisas satisfaz plenamente o coração do homem ”
"A mudança do Espírito é diferente: não revoluciona a vida ao nosso redor, mas muda o nosso coração, transformando-o de pecador em perdoado”. 

O Espírito como um reconstituinte de vida
A partir desta reflexão, o Papa sugeriu que quando precisarmos de uma verdadeira mudança, quando as nossas fraquezas nos oprimem, quando avançar é difícil e amar parece impossível, faria bem tomar diariamente este reconstituinte da vida: é Ele, a força de Deus. 

Muda as vicissitudes
Prosseguindo a homilia, o Papa disse que depois dos corações, o Espírito, como o vento, sopra por todo o lado e chega às situações mais imprevistas.

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“Como na família, quando nasce uma criança, esta complica os horários, faz perder o sono, mas traz uma alegria que renova a vida, impelindo-a para a frente, dilatando-a no amor, do mesmo modo o Espírito traz à Igreja um «sabor de infância»; realiza renascimentos contínuos. Reaviva o amor do começo".
“ O Espírito lembra à Igreja que, não obstante os seus séculos de história, é sempre uma jovem de vinte anos, a Noiva jovem por quem, o Senhor está perdidamente apaixonado  ”
Gaza, nome que suscita dor
Citando o episódio dos Atos dos Apóstolos em que o diácono Filipe é impelido “por uma estrada deserta, de Jerusalém a Gaza”, o Papa acrescentou: “como este nome soa doloroso, hoje! Que o Espírito mude os corações e as vicissitudes e dê paz à Terra Santa!”.

Terminando, o Papa pediu que o Espírito Santo, rajada de vento de Deus, sopre sobre nós: “Soprai nos nossos corações e fazei-nos respirar a ternura do Pai. Soprai sobre a Igreja e impeli-a até aos últimos confins; vinde, Espírito Santo, mudai-nos por dentro e renovai a face da terra”.



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