30 abril, 2018

Bispos propõem que o português seja «língua oficial» no Sínodo dos Bispos


Encontro em Cabo Verde analisou papel dos jovens e pediu reforço da colaboração entre países irmãos.

  Foto: Hipólito Barbosa
Os participantes no XIII Encontro de Bispos dos Países Lusófonos (EBPL), que decorreu em Cabo Verde, apelam ao Vaticano para uma valorização da língua portuguesa, em particular pelo uso oficial no Sínodo.
“Propomos unanimemente que a língua portuguesa, a quinta língua do mundo falada por 260 milhões de pessoas, seja utilizada como língua oficial nas assembleias gerais do Sínodo dos Bispos”, refere o documento conclusivo, enviado hoje à Agência ECCLESIA.
Os trabalhos, que decorreram entre sexta-feira e domingo, na cidade da Praia, analisaram precisamente o tema da próxima assembleia do Sínodo dos Bispos (outubro de 2018, Vaticano), a presença dos jovens na Igreja, salientando as “boas práticas pastorais”, as iniciativas de voluntariado missionário, campos de férias e movimentos que acompanhem as novas gerações nas suas realidades quotidianas.
Estiveram representados os episcopados católicos de Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal e São Tomé e Príncipe.
“Verificamos uma maior consciência das nossas comunidades pela ecologia integral e a existência de inúmeros projetos em curso, em que destacamos a criação da «Floresta Laudato Si’» em Angola pela CEAST, com a plantação de milhares de árvores para travar o avanço do deserto”, assinalam os participantes.
A delegação portuguesa foi constituída por D. Manuel Clemente, cardeal-patriarca de Lisboa e presidente da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP); padre Manuel Barbosa, secretário da CEP; e Jorge Líbano Monteiro, presidente da Fundação Fé e Cooperação (FEC).
Os participantes no XIII EBPL saudaram a simplificação da concessão de vistos nalguns países, que “facilita a livre circulação de pessoas e bens”.
“Esperamos que esse processo se possa estender a todos os países lusófonos, promovendo assim uma verdadeira comunidade de pessoas”, assinalam as conclusões.
Os trabalhos sublinharam a importância da “defesa intransigente da vida, da dignidade humana e da família, através de leis que protejam a vida e a família”, bem como “a luta contra a corrupção, o tráfico e a escravatura de pessoas, a ideologia do género, a eutanásia e tudo quanto não dignifica a pessoa”.
Os bispos dos países lusófonos alertam para uma “mentalidade individualista e consumista” que contraria perspetivas de futuro para os jovens, como a falta de emprego.
Em cima da mesa esteve ainda uma referência ao reinício da emissão nacional da Rádio Ecclesia em Angola, reforçando “a importância da liberdade de imprensa para a consolidação de uma sociedade plural e democrática”.
A agenda incluiu uma passagem pela Assembleia Nacional de Cabo Verde, o Instituto Internacional da Língua Portuguesa e a Cidade Velha, património mundial da Humanidade.
O próximo Encontro de Bispos dos Países Lusófonos vai decorrer na Guiné-Bissau, de 16 a 19 de janeiro de 2020.
Ecclesia

Repensar o futuro partindo das relações. Discursos do Papa sobre a Europa

 
Papa Francisco em Estrasburgo, na França, 25 de novembro de 2014  (Vatican Media)
 
A apresentação do novo volume da Lev-Spc, assinada pelo cardeal Pietro Parolin, colhe e ressalta o intento do Papa Francisco que fala para a Europa de esperança, convidando-a a recuperar o seu "património ideal e espiritual".
 
Cidade do Vaticano

“Repensar o futuro partindo das relações. Discursos sobre a Europa” é um novo volume da Livraria Editora Vaticana (Lev) – Secretaria para a Comunicação (Spc), que reúne as cinco principais reflexões que o Papa Francisco ofereceu aos representantes da política, do episcopado e da sociedade civil europeia, a partir da visita ao Parlamento Europeu e ao Conselho da Europa em Estrasburgo, em França, em 25 de novembro de 2014.

Enfrentar desafios de hoje e de amanhã

Francisco fala para a Europa lançando um olhar sobre a esperança

A apresentação do volume, assinada pelo secretário de Estado vaticano, cardeal Pietro Parolin, colhe e ressalta o intento do Santo Padre que – num cenário mundial de guerras, divisões e pobreza, diante das exaustões da Europa e da constante crise de solidariedade – fala para a Europa de esperança.

As palavras do Papa Francisco jamais oferecem raciocínios abstratos, mas têm subjacentes rostos e situações concretas, problemáticas reais das pessoas que encontra diariamente durante as suas numerosas audiências. Colocam no centro a pessoa humana, com as suas necessidades, os seus laços, a sua dignidade.

Nova seiva e novo vigor para enfrentar desafios de hoje e de amanhã

Através dos seus discursos o Papa não pretende propor soluções práticas para os problemas, mas oferece uma contribuição para indicar a bússola na direção de uma viagem que tem como horizonte dar nova seiva e novo vigor para enfrentar os desafios de hoje e de amanhã.

Evocando o discurso do Pontífice ao Parlamento Europeu (Estrasburgo, 25 de novembro de 2014), o secretário de Estado vaticano recorda que para o Papa Francisco a Europa é chamada a reencontrar-se a si mesma, a sua alma, “aquele ‘espírito humanista’ que ama e defende”. Isto exige “repensar o futuro partindo das relações”.

Visão relacional da pessoa, inserida numa comunidade

Face a uma ideia individualista do homem, a uma concepção da pessoa humana desvinculada de todo e qualquer contexto social, “o Papa propõe uma visão relacional da pessoa, inserida numa comunidade”.

Face a uma globalização da indiferença que encontra a sua seiva vital no egoísmo, o Papa “faz apelo a uma liberdade responsável, radicada na verdade e capaz de dar vida a uma solidariedade concreta”.

Recuperar a memória, risco de perder o horizonte

Para enfrentar os desafios de hoje e de amanhã é preciso recuperar a memória, conhecer a origem porque “o risco de nosso tempo é ser desmemoriado, perder o sentido das próprias raízes, preferir o efémero do momento e perder” o horizonte.

Evocando o discurso do Santo Padre proferido a 6 de maio de 2016 por ocasião da entrega do Prémio Carlos Magno, o cardeal Parolin recorda que o Papa Francisco convida a injetar na Europa nova seiva vital a fim de que o seu futuro se manifeste como um “novo humanismo baseado em três capacidades: a capacidade de integrar, a capacidade de dialogar e a capacidade de gerar”.

Recuperar o património ideal e espiritual que sempre caracterizou a Europa

A leitura destas páginas é um encorajamento e um convite a recuperar o “património ideal e espiritual” que sempre caracterizou a história da Europa”, ressalta o secretário de Estado vaticano.

No volume encontram-se presentes: o discurso ao Parlamento Europeu (Estrasburgo, 25 de novembro do 2014); o discurso ao Conselho da Europa (Estrasburgo, 25 de novembro do 2014); o discurso pronunciado por ocasião da entrega do Prémio Carlos Magno (Sala Régia, Vaticano, 6 de maio de 2016); o discurso dirigido aos chefes de Estado e de Governo da união Europeia por ocasião do 60º aniversário da Assinatura dos Tratados de Roma (Sala Régia, Vaticano, 24 de março de 2017) e as palavras dirigidas aos participantes da Conferencia “(Re)thinking Europe” (Sala do Sínodo, Vaticano, 28 de outubro de 2017).

VATICAN NEWS

Papa Francisco: solidariedade até mesmo na doença

 
 Papa Francisco durante a audiência com a associação "Uma vida rara"  (Vatican Media)
 
"Fico feliz de encontrar associações para pesquisa e solidariedade sobre doenças raras", disse Francisco. 
 
Cidade do Vaticano

O Papa Francisco recebeu na Sala Clementina, no Vaticano, nesta segunda-feira (30/04), os membros da associação “Uma vida rara”.

O Pontífice agradeceu ao presidente da associação que apresentou a história de seu filho Davi. Os pais sentiram dentro de si o desejo de fazer algo pelo filho e pelas pessoas que sofrem de uma doença rara e pelas suas famílias.

“Fico feliz de encontrar associações para pesquisa e solidariedade sobre doenças raras. É claro que há a dor do sofrimento e das dificuldades, mas sempre me impressiona o desejo das famílias se unirem para enfrentar essa realidade e fazer algo para melhorá-la.”

Segundo o Papa, o nome dado a essa associação “Uma vida rara”, diz muito, pois expressa a realidade de Davi, mas também a vida dos seus pais com ele, de forma positiva, não negativa.

“O negativo existe, como sabemos, é realidade cotidiana. Mas esse nome diz que vocês sabem olhar o positivo: que toda vida humana é única, e que se a doença é rara ou raríssima, em primeiro lugar  está a vida.”

Esse olhar positivo é um “milagre” típico do amor. O amor faz isso: “sabe ver o bem numa situação negativa, sabe proteger a pequena chama no meio da noite escura.”

O amor faz outro milagre: “Ajuda a permanecer abertos aos outros, capazes de partilhar, ser solidários até mesmo quando se sofre de uma doença ou uma condição pesada e cansativa na vida cotidiana.”

O casal percorreu 700 quilómetros de sua casa até Roma, atitude definida pelo Papa como “uma corrida pela vida e esperança”.

Papa recebe associação "Uma vida rara"
 
 
 VATICAN NEWS

Papa em S. Marta: atenção às curiosidades no mundo virtual

 
Missa Santa Marta  (Vatican Media)
 
As crianças são curiosas e no mundo virtual encontram tantas coisas más Portanto, é necessário ajudar os jovens a não se tornarem prisioneiros desta curiosidade. É a advertência que o Papa lançou nesta manhã na Missa na Casa Santa Marta. Em vez disso, Francisco exorta a pedir o Espírito Santo que dá a certeza.
 
Cidade do Vaticano

Saber discernir entre as curiosidades boas e as curiosidades más e abrir o coração ao Espírito Santo que dá a certeza. Estas são as duas exortações que o Papa Francisco abordou na homilia da missa na Casa Santa Marta nesta segunda-feira (30/04) , a partir do Evangelho de hoje (Jo 14, 21-26). De facto, no Evangelho há um diálogo entre Jesus e os discípulos, que o Papa define como "diálogo entre as curiosidades e a certeza".

Na homilia o Papa explica a diferença entre as curiosidades boas e as más, porque "a nossa vida está cheia de curiosidades". Como exemplo da curiosidade boa, refere-se às crianças quando estão na chamada "idade do por quê". Elas perguntam, por quê, quando estão ã crescer, percebem coisas que não entendem, estão procurando uma explicação. Esta é uma boa curiosidade, porque serve para crescer e "ter mais autonomia" e é também uma "curiosidade contemplativa", porque "as crianças vêem, contemplam, não entendem e perguntam".

"As fofocas" são, ao invés, uma curiosidade não boa, "património de mulheres e homens", mesmo que alguém afirme que os homens são "mais fofoqueiros do que as mulheres". A curiosidade má consiste em querer "cheirar a vida dos outros" - explica o papa - em "tentar ir a lugares que acabam sujando outras pessoas", em fazer entender coisas que não tens  o direito de conhecer. Este tipo de curiosidade má "acompanha-nos por toda a vida: é uma tentação que sempre teremos": é a advertência do Papa.

Não ter medo, mas ter cuidado: "isto eu não pergunto, isto eu não olho, isto eu não quero". E tantas curiosidades, por exemplo, no mundo virtual, com os telemóveis e coisas do género ... As crianças vão ali e ficam curiosas para ver; e encontram ali muitas coisas más. Não há disciplina nessa curiosidade. Devemos ajudar as crianças a viver neste mundo, para que o desejo de conhecer não seja o desejo de ser curiosa, e acabem prisioneiras dessa curiosidade.

A curiosidade dos Apóstolos no Evangelho, porém, é boa: eles querem saber o que acorrerá, e Jesus responde dando certezas, "nunca engana", prometendo-lhes o Espírito Santo que - afirma - "ensinará tudo a vós e recordará tudo o que eu lhes disse".

A certeza dar-nos-á o Espírito Santo na vida. O Espírito Santo não vem com um pacote de certezas e tu aceitas. Não. Na medida em que caminhamos na vida e pedimos ao Espírito Santo, abrindo o coração, ele dá-nos a certeza para aquele momento, a resposta para aquele momento. O Espírito Santo é o companheiro, companheiro de caminho do cristão.

De facto, o Espírito Santo "recorda as palavras do Senhor iluminando-as" e este diálogo à mesa com os Apóstolos, que é "um diálogo entre curiosidade humana e certezas", termina precisamente com esta referência ao Espírito Santo, "companheiro da memória", que "conduz aonde há a felicidade fixa, que não se move". Francisco exorta, portanto, a ir aonde há a verdadeira alegria com o Espírito Santo, que ajuda a não cometer erros:

Peçamos ao Senhor duas coisas hoje: primeiro, de nos purificar ao aceitar as curiosidades – há curiosidades boas e não tão boas - e saber discernir: não, isto eu não devo ver, isto eu não devo ver, isto não devo perguntar. E segunda graça: abrir o coração ao Espírito Santo, porque ele é a certeza, dá-nos a certeza, como companheiro do caminho, das coisas que Jesus nos ensinou, e nos faz recordar tudo.

Ouça a reportagem

VATICAN NEWS

29 abril, 2018

Papa: a caridade dos cristãos não nasce de ideologias mas de Jesus

.
 Papa durante o Regina Coeli  (Vatican Media)
.
Comentando o Evangelho do dia que propõe o momento em que Jesus se apresenta como a verdadeira videira o Papa observa: "Trata-se de permanecer com o Senhor para encontrar a coragem de sairmos de nós mesmos"  

Silvonei José - Cidade do Vaticano 

"Toda a  atividade, pequena ou grande que seja – o trabalho e o descanso, a vida familiar e social, o exercício de responsabilidades políticas, culturais e económicas - toda a atividade, se vivida em união com Jesus e com uma atitude de amor e de serviço, é uma oportunidade para viver em plenitude o Batismo e a santidade evangélica". Foi o que disse o Papa Francisco na alocução que precedeu neste V Domingo de Páscoa, (29/04) a oração do Regina Coeli na Praça São Pedro diante de fiéis e peregrinos de todas as partes do mundo.

O Pontífice recordou: "o dinamismo da caridade do crente não é resultado de estratégias, não nasce de solicitações externas, de instancias sociais ou ideológicas, mas do encontro com Jesus e do permanecer em Jesus. Ele para nós é a videira da qual absorvemos a linfa, isto é, a 'vida' para levar para a sociedade uma maneira diferente de viver e de se doar, o que coloca os últimos em primeiro lugar”.

Comentando o Evangelho do dia que propõe o momento em que Jesus se apresenta como a verdadeira videira e nos convida a permanecer unidos a Ele para dar muito fruto, o Papa observa:

"Trata-se de permanecer com o Senhor para encontrar a coragem de sairmos de nós mesmos, das nossas comodidades, dos nossos espaços restritos e protegidos, para entrarmos no mar aberto das necessidades dos outros e dar amplo respiro ao nosso testemunho cristão no mundo. Essa coragem de entrar nas necessidades dos outros nasce da fé no Senhor ressuscitado e da certeza de que o seu Espírito acompanha a nossa história”.

“Um dos frutos mais maduros que brota da comunhão com Cristo é, de facto – acrescentou o Papa -, o compromisso da caridade para com o próximo, amando os irmãos com abnegação de si mesmo, até às últimas consequências, como Jesus nos amou”.
Ouça também


"Quando alguém é íntimo com o Senhor, como são íntimos e unidos entre si a videira e os ramos, se é capaz de produzir frutos de vida nova, de misericórdia, de justiça e de paz, derivados da ressurreição do Senhor”.

E o Papa recordou os santos: “Isto é o que os santos fizeram, aqueles que viveram em plenitude a vida cristã e o testemunho da caridade, porque foram verdadeiros ramos da videira do Senhor. Mas para ser santo – recordou Francisco - não é necessário ser-se bispo, sacerdote, religioso ou religiosa. Todos nós somos chamados a ser santos vivendo com amor e oferecendo a cada um o seu testemunho nas ocupações de todos os dias, ali onde se encontra”'.

O Papa concluiu as suas palavras pedindo a ajuda de Maria, Rainha dos Santos e modelo de perfeita comunhão com o Filho divino. “Que Ela nos ensine a permanecer em Jesus, como ramos à videira, e a jamais nos separarmos de seu amor. De facto, nada podemos fazer sem Ele, porque a nossa vida é Cristo vivo, presente na Igreja e no mundo”.

Ouça a reportagem

VATICAN NEWS

28 abril, 2018

Papa: “A pessoa humana é ponto de encontro e instrumento de unidade”

 
Papa Francisco  (AFP or licensors)
 
Francisco recebeu na Sala Paulo VI, cerca de 700 participantes na IV Conferência Internacional, promovida pelo Pontifício Conselho para a Cultura, sobre o tema: “Unidos para curar”.
 
Cidade do Vaticano
 
O Santo Padre concluiu a sua série de atividades, na manhã deste sábado (28/4), no Vaticano, recebendo, na Sala Paulo VI, cerca de 700 participantes na IV Conferência Internacional, promovida pelo Pontifício Conselho para a Cultura, sobre o tema: “Unidos para curar”, aos quais disse:

Quando vejo representantes de culturas, sociedades e religiões diferentes unir as suas forças, para empreender um percurso comum de reflexão e compromisso em prol de quem sofre, fico muito feliz, pois a pessoa humana é ponto de encontro e instrumento de unidade. De facto, diante do problema do sofrimento humano é preciso saber criar sinergias entre pessoas e instituições, para superar os preconceitos e cultivar maior consideração pela pessoa enferma”.
 
Referindo-se ao percurso da Conferência, o Papa o sintetizou em quatro aspectos: prevenir, restabelecer, cuidar e preparar o futuro.

Explicando cada um destes aspectos, Francisco disse: “Estamos cada vez mais cientes de que muitos males podem ser evitados, se houver maior atenção pelo estilo de vida e pela cultura que promovemos.

Eis porque é importante “prevenir”, ou seja, ter uma perspectiva profética em relação ao ser humano e ao ambiente; ter uma cultura de equilíbrio para se viver melhor e com menos riscos, em diversos âmbitos: educação, atividade física, observância dos códigos de saúde, derivantes de práticas religiosas e diagnose:

Isto é particularmente importante se pensarmos nas crianças e jovens, cada vez mais expostos aos riscos de doenças, ligados às mudanças radicais da civilização moderna. É só perceber o impacto que têm sobre a saúde o fumo, o álcool, as substâncias tóxicas, que poluem o ar, a água e o solo, além da alta percentual de tumores. Logo, torna-se urgente uma maior sensibilidade de todos por uma cultura de prevenção para tutelar a saúde”.
 
Neste sentido, o Papa colocou em realce, com grande satisfação, o grande esforço da pesquisa científica de descobrir novas curas, sobretudo em âmbito regenerativo. Portanto, é preciso restabelecer e curar, mas também, neste contexto, é fundamental aumentar a nossa responsabilidade em relação ao ser humano e ao ambiente. E ponderou:

Enquanto a Igreja louva todo esforço de pesquisa e os seus resultados para curar as pessoas que sofrem, recorda um dos princípios fundamentais: “nem tudo o que é tecnicamente possível e executável  é eticamente aceitável”. A ciência sabe que tem limites e senso de responsabilidade ética, pelo bem da humanidade. “A verdadeira medida do progresso visa o bem do homem na sua totalidade”.”
 
Enfim, o quarto e último aspeto proposto por Francisco, com base na temática da Conferência Internacional: preparar o futuro, garantindo o bem de toda a pessoa humana. De facto, “devemos refletir sobre a saúde humana, não só a nível científico, mas também preservando e tutelando o ambiente em que vivemos”.

No término da audiência, Francisco encorajou os participantes no Congresso, mas também lhes recomendou a preparar o futuro mediante uma dúplice ação: “reflexão interdisciplinar, na presença de peritos, por um maior intercâmbio de conhecimentos; e ações concretas pelos que mais sofrem”.

Ouça a reportagem

 VATICAN NEWS

Alfie morreu, uma vida por um mundo mais humano

 
 Alfie  (ANSA)
 
Alfie Evans feleceu durante a última noite. Os pais anunciaram nesta manhã. Uma história dramática que envolveu o Papa Francisco em primeira pessoa
 
Sergio Centofanti, Silvonei José - Cidade do Vaticano
 
“O nosso bebé ganhou asas nesta noite às 2h30 da manhã. Estamos com o coração partido. Obrigado a todos pelo vosso apoio": com este post no facebook, Kate James anunciou a morte do seu filho, o pequeno Alfie Evans. Ele não chegou a completar os dois anos que os completaria no próximo dia 9 de maio. Ao mesmo tempo, o pai Thomas escreveu: "O meu gladiador baixou o seu escudo e ganhou asas às duas e meia de manhã. Totalmente inconsolável. Eu amo-te meu menino ". 

Ele respirou 4 dias sozinho 

Na última quarta-feira, 25 de abril, a Suprema Corte britânica declarou o seu enésimo não ao apelo dos pais de Alfie, que pediam a transferência do seu filho para Itália, para que fosse seguido pelo Hospital Infantil Bambino Gesù, de Roma. O Hospital do Papa teria suportado todas as despesas: o Alder Hey Hospital, de Liverpool, não deveria gastar nenhum cêntimo. O Papa Francisco pediu aos seus colaboradores para que fizessem o possível e o impossível para transferi-lo. Às 23h17 de segunda-feira, os médicos removeram o ventilador para deixá-lo morrer. O menino continuou a respirar sozinho por pouco mais de 4 dias. Afetado por uma doença neuro-degenerativa ainda desconhecida, para os médicos e juízes ingleses, era inútil que Alfie continuasse a viver até à sua morte natural. 

A mensagem de Alfie 

Alfie não falava, mas fez e continua a fazer um barulho enorme. Eles quiseram-lhe "doar" a morte a todo custo e ele deu-nos tanta vida e amor com a inocente gentileza do seu rosto. Um juiz disse que a criança estava tão devastada que não conseguia sentir nem mesmo o carinho de sua mãe: mas sentíamo-nos acariciados por ele.

Os médicos que deviam cuidar dele deixaram-no morrer prematuramente: o pequeno Alfie procurou curar a nossa doença mais mortal, a indiferença. Ele era prisioneiro, mas deu a muitos a coragem para falar e agir livremente. Ele era o mais fraco de todos, mas deu uma força incrível para aqueles que o amavam. A lei foi muito dura: Alfie mostra-nos que o amor é muito mais forte do que a lei. Vimos uma justiça fria, mas ele conseguiu derreter tantos corações.

Consideraram a sua vida inútil, mas o pequeno Alfie, sem fazer nada, envolveu milhões de pessoas numa luta por um mundo mais humano. Alfie tornou-se um símbolo: a voz de todos os pequenos do mundo, usados, explorados e - se não forem mais necessários - descartados. O nosso mundo utilitarista, se não fizermos alguma coisa, um dia também nos descartará: para todos chega o momento de pedir para sermos amados e salvos na própria inútil fraqueza. 

Ele reza por nós 

Ele foi esmagado pela violência dos poderosos, mas ensina-nos a reagir com um espírito suave e firme. O mistério da vida somente Deus compreende: Alfie fez-nos vislumbrar um raio desse mistério. Alfie é loucura e escândalo para alguns: recorda-nos Aquele que foi crucificado. Ele recorda-nos o juízo final: "Eu estava com fome e deste-me de comer ... todas as vezes que fiezeres estas coisas a um só desses meus irmãos pequenos, fazes a mim". Muitos rezamos por Alfie: agora é ele que reza por nós.

VATICAN NEWS

27 abril, 2018

Papa Francisco: o céu não é abstrato, mas o encontro com Jesus

.
 Papa celebra a missa na Casa Santa Marta  (Vatican Media)
.
"Alguns pensam: Mas não será um pouco entediante estar ali toda a eternidade? Não: o céu não é isso. Nós caminhamos rumo a um encontro: o encontro definitivo com Jesus", disse o Papa na homilia. 

Adriana Masotti - Cidade do Vaticano 

O Papa Francisco celebrou na manhã desta sexta-feira (27/04) a missa na capela da Casa Santa Marta e dedicou a sua homilia à Primeira Leitura. Trata-se do trecho dos Atos dos apóstolos, com o discurso de Paulo na sinagoga de Antioquia.

Os habitantes de Jerusalém, e os seus chefes, diz o Apóstolo, não reconheceram Jesus, mas Ele ressuscitou depois de morto. E assim conclui: “Nós vos anunciamos que a promessa que Deus fez aos antepassados, ele a cumpriu para nós, seus filhos, quando ressuscitou Jesus”. 

Fidelidade de Deus 

Tendo no coração esta promessa de Deus, prosseguiu o Papa, o povo pôz-se a caminho com a segurança de saber que era o “povo eleito”. O povo, com frequência infiel, “confiava na promessa, porque sabia que Deus é fiel”. Por isso ia avante, confiante na fidelidade de Deus.

Também nós estamos a caminho: nós estamos no caminho. Estamos no caminho… e quando fazemos esta pergunta – “Sim, no caminho: mas no caminho para onde?” – “Sim, para o céu!” – “E o que é o céu?”. E ali começamos a escorregar nas respostas, não sabemos bem como dizer “o que é o céu”. E muitas vezes pensamos num céu abstrato, um céu distante, um céu… sim, ali se está bem. Alguns pensam: “Mas será um pouco entediante estar ali toda a eternidade?”. Não: o céu não é isso. Nós caminhamos rumo a um encontro: o encontro definitivo com Jesus. O céu é o encontro com Jesus.

Um encontro que nos fará alegrar para sempre, afirmou Francisco, “Jesus, Deus e homem; Jesus, em corpo e alma, espera-nos”.
 

Tende fé em mim também 

Para Francisco, devemos pensar nisto: “Eu estou a caminhar na vida para encontrar Jesus. E o que faz Jesus enquanto isso? Ele não está sentando esperando-me, mas, como diz o Evangelho, trabalha para nós. Ele mesmo diz: ‘Tende fé em mim também’, ‘Vou preparar um lugar para vós’”.

“E qual é o trabalho de Jesus? A intercessão. A oração de intercessão”, explicou o Papa.

Jesus reza por mim, por cada um de nós. Mas isso devemos repeti-lo para nos convencer: Ele é fiel e Ele reza por mim. Neste momento.

Francisco recordou as palavras de Jesus na Última Ceia, quando promete a Pedro: “Eu rezarei por ti”. “O que ele disse a Pedro diz a todos nós: ‘Eu rezo por ti’”.
E cada um de nós deve dizer: “Jesus está a rezar por mim”, está a trabalhar, está a preparar aquele lugar. E Ele é fiel; Ele é fiel: o fará porque prometeu. O céu será este encontro, um encontro com o Senhor que foi ali preparar o lugar, o encontro com cada um de nós. E isso dá-nos confiança, faz crescer a confiança.
Jesus é o sacerdote intercessor até ao final do mundo, lembrou o Papa, que concluiu: “Que o Senhor nos dê esta consciência de estar no caminho com esta promessa. O Senhor nos dê esta graça: de olhar para o alto e pensar: ‘O Senhor está a rezar por mim’ ”.


Ouça a reportagem com a voz do Papa Francisco


VATICAN NEWS

26 abril, 2018

Papa: sem amor e serviço, a Igreja não vai para frente

 
 Papa celebra a missa na Casa Santa Marta  (ANSA)
 
"Sem amor, a Igreja não vai para a frente, a Igreja não respira. Sem o amor, não cresce, transforma-se numa instituição vazia, de aparências, de gestos sem fecundidade", disse Francisco na missa matutina.
 
Alessandro Di Bussolo – Cidade do Vaticano 
 
Jesus ensina-nos o amor com a Eucaristia; ensina-nos o serviço com o lava-pés; e diz-nos que um servo jamais está acima do seu senhor. Estes três elementos são o fundamento da Igreja. Foi o que disse o Papa Francisco na homilia da missa celebrada na manhã de quinta-feira (26/04) na capela da Casa Santa Marta. O Pontífice comentou o Evangelho do dia, no qual João refere as palavras de Jesus depois do lava-pés.
 
Na Última Ceia, explicou o Papa, Jesus despede-se dos discípulos com um discurso longo e belo e “faz dois gestos que são instituições”. Dois gestos para os discípulos e para a Igreja que virá, “que são o fundamento, por assim dizer, da sua doutrina”. Jesus “dá de comer o seu corpo e de beber o seu sangue”, isto é, institui a Eucaristia, e faz o lava-pés. “Desses gestos nascem os dois mandamentos – explicou Francisco – que farão crescer a Igreja, se formos fiéis”. 

Amor sem limites

O primeiro é o mandamento do amor: não somente “amar o próximo como a si mesmo”, mas um passo a mais: “amar o próximo como eu os amei”.
“ O amor sem limites. Sem isto, a Igreja não vai para a  frente, a Igreja não respira. Sem o amor, não cresce, transforma-se numa instituição vazia, de aparências, de gestos sem fecundidade. Ir ao seu corpo: Jesus diz como devemos amar, até ao fim. ”
Depois, o segundo novo mandamento, que nasce do lava-pés: “servir uns aos outros”, lavar os pés uns aos outros, como eu os lavei. Dois novos mandamentos e uma única advertência: “Podem servir, mas enviados por mim. Não estão acima de mim. 

Humildade simples e verdadeira 

De facto, Jesus esclarece: o servo não está acima do seu senhor e o mensageiro não é maior que aquele que o enviou”. Assim é a humildade simples e verdadeira, não a humildade fingida.

A consciência de que Ele é maior do que todos nós, e nós somos servos, e não podemos ultrapassar Jesus, não podemos usar Jesus. Ele é o Senhor, não nós. Este é o testamento do Senhor. Ele dá-se a comer e beber e diz-nos: amem-se assim. Lava os pés e acrescenta: sirvam assim, mas estejam atentos, um servo jamais é maior que aquele que o enviou, do senhor. São palavras e gestos contundentes: é o fundamento da Igreja. Se formos avante com estas três coisas, nunca iremos errar.

Os mártires e os muitos santos, prosseguiu o Papa, foram avante assim: “com esta consciência de ser servos”. 

Subordinação

E depois Jesus insere outra advertência: “Eu conheço aqueles que escolhi” e diz: “Mas sei que um de vós me trairá”. Por isso, Francisco conclui convidando a todos, num momento de silêncio, a deixarem-se olhar pelo Senhor:
“ É deixar que o olhar de Jesus entre em mim. Sentiremos tantas coisas: sentiremos amor, sentiremos talvez nada... ficaremos bloqueados ali, sentiremos vergonha. Mas deixar sempre que o olhar de Jesus venha. O mesmo olhar com o qual olhava, naquela noite, os seus na ceia. O Senhor conhece, sabe tudo. ”
Amor até ao fim, finalizou o Papa, serviço, e “vamos usar uma palavra um pouco militar, mas que é útil: subordinação, isto é, Ele é o maior, eu sou servo, ninguém pode passar à sua frente”.

Ouça a reportagem com a voz do Papa Francisco
 
 
 
VATICAN NEWS

25 abril, 2018

Papa: não estamos sós na luta contra o mal

 
 
“É cansativo combater contra o mal, fugir de seus enganos, recuperar as forças depois de uma luta exaustiva, mas devemos saber que toda a vida cristã é um combate. Mas, nesta luta, nunca estamos sós!”, encorajou o Papa. 
 
Cidade do Vaticano 
 
Neste 25 de abril, feriado da “Libertação” na Itália, o Papa Francisco acolheu milhares de fiéis e peregrinos para a Audiência Geral. Num típico dia primaveril em Roma, o Pontífice prosseguiu o seu ciclo de catequese sobre o Batismo, falando hoje sobre “A força de vencer o mal”. 

A beleza da oração 

“Não vamos à fonte batismal sozinhos”, explicou o Papa, mas acompanhados pela oração de toda a Igreja, como indica a invocação dos Santos que precede a oração do exorcismo e a unção com o óleo dos catecúmenos.

São gestos que, desde a antiguidade, certificam, a quantos estão para renascer como filhos de Deus, de que a oração da Igreja os assiste na luta contra o mal, ajudando-os a libertar-se do poder do pecado para passar ao reino da graça divina.

“A Igreja reza e reza por todos. É belo rezar pelos outros. Pedir por quem se encontra na necessidade, por quem não tem fé. A oração da Igreja está sempre em ação, devemos rezar por todo o povo de Deus e por quem necessita de oração”, disse Francisco. 

Fórmula mágica

Por isso, o caminho dos catecúmenos adultos é marcado por repetidos exorcismos pronunciados pelo sacerdote: são orações que invocam a libertação de tudo o que os separa de Cristo e impede a sua união íntima com Ele. E, no caso do Batismo de crianças, pede-se a Deus que as liberte do pecado original e as consagre como habitação do Espírito Santo.
 
“Não se trata, porém, de uma fórmula mágica, mas é um dom do Espírito Santo que habilita, quem o recebe, a lutar contra o espírito do mal acreditando que Deus enviou o seu Filho ao mundo para destruir o poder de satanás e transferir o homem liberto das trevas para o seu reino de luz infinita”, explicou o Pontífice.

Por experiência, sabe-se que a vida cristã é um combate sem fim contra o mal, pois estamos sempre sujeitos à tentação de nos separar de Deus e da sua vontade, para recair nos laços das seduções mundanas. “O Batismo dá-nos força para esta luta cotidiana”, reiterou o Papa.

Veja também

Não estamos sós

Além da oração de exorcismo, temos a unção no peito com o óleo dos catecúmenos, como sinal de salvação que significa que a força de Cristo Salvador nos fortalece para lutar contra o mal e vencê-lo

“É cansativo combater contra o mal, fugir dos seus enganos, recuperar as forças depois de uma luta exaustiva, mas devemos saber que toda a vida cristã é um combate. Mas, nesta luta, nunca estamos sozinhos!”, encorajou o Papa.

A Igreja reza pelos seus filhos regenerados no Batismo para que não sucumbam às ciladas do maligno, mas as vençam com a força do Senhor ressuscitado, que derrotou o demónio. E assim também podemos repetir com a fé de São Paulo: «De tudo sou capaz Naquele que me dá força». "Todos nós podemos vencer, mas com a força que vem de Jesus", concluiu o Papa.

Ouça a reportagem

VATICAN NEWS

24 abril, 2018

Papa: nunca prisioneiros de palavras ou fechados ao Espírito

.
 Papa Francisco  (ANSA)
.
O Pontífice celebra a missa na capela da Casa Santa Marta e recorda que os filhos de Deus são homens livres, capazes de "discernir os sinais dos tempos". 

Cidade do Vaticano 

Na história do homem "haverá sempre resistência ao Espírito Santo", oposições às novidades e às "mudanças". Na homilia da missa celebrada em Santa Marta, o Papa Francisco reflete sobre a liturgia de hoje, detendo-se sobre as diferentes atitudes que o homem adota diante das novidades do Senhor, que "~que vêm sempre ao nosso encontro com algo novo" e "original". 

Os prisioneiros de ideias

No Evangelho de João, o fechamento dos doutores da lei é bem focalizado, atitude que então se torna "rigidez". São homens capazes de se concentrar apenas em si mesmos, inertes à obra do Espírito Santo e insensíveis às novidades. O Pontífice enfatiza, em particular, a sua completa incapacidade de "discernir os sinais dos tempos", sendo escravos de palavras e ideias.

"Eles voltam à mesma questão, eles são incapazes de sair daquele mundo fechado, eles são prisioneiros das ideias. Eles receberam a lei que era vida, mas 'destilaram-na', eles transformaram-na em ideologia e assim giram, giram e são incapazes de sair e qualquer novidade para eles é uma ameaça”.
 

A liberdade dos filhos de Deu

Muito diferente, no entanto, deveria ser o calibre dos filhos de Deus, que apesar de ter talvez uma reticência inicial são livres e capazes de colocar no centro o Espírito Santo. O exemplo dos primeiros discípulos, contado na Primeira leitura, destaca a sua docilidade ao novo e a capacidade de semear a Palavra de Deus, mesmo fora do padrão usual de "sempre se fez assim”. Eles, observa o Papa Bergoglio, "mantiveram-se dóceis ao Espírito Santo para fazer algo que fosse mais do que uma revolução", "uma mudança forte", e no centro "estava o Espírito Santo: não a lei, o Espírito Santo".

"E a Igreja era uma Igreja em movimento, uma Igreja que ia além de si mesma. Não era um grupo fechado de eleitos, uma Igreja missionária: na verdade, o equilíbrio da Igreja, por assim dizer, está precisamente na mobilidade, na fidelidade ao Espírito Santo. Alguns dizem que o equilíbrio da igreja assemelha-se ao equilíbrio da bicicleta: está parada e vai bem quando está em movimento; se a a deixas parada, cai. Um bom exemplo". 

Oração e discernimento para encontrar o caminho

Fechamento e abertura: dois pólos opostos que descrevem como o homem pode reagir diante do sopro do Espírito Santo. O segundo, conclui o Papa Francisco, é precisamente "dos discípulos, dos apóstolos": a resistência inicial não é apenas humana, mas é também "uma garantia de que não se deixam enganar por alguma coisa e depois com a oração e o discernimento encontram o caminho" ".

"Haverá sempre resistência ao Espírito Santo, sempre, sempre, até ao fim do mundo. Que o Senhor nos conceda a graça para saber resistir ao que devemos resistir, ao que vem do maligno, ao que que nos tira a liberdade e saibamo-nos abrir às novidades, mas somente àquelas que vêm de Deus, com o poder do Espírito Santo e que nos conceda a graça de discernir os sinais dos tempos para tomar as decisões que deveremos tomar naquele momento".

Ouça a reportagem

VATICAN NEWS