21 junho, 2017

Papa na audiência exprime apreço pela campanha para a lei migratória



(RV) Um novo apelo para os migrantes fê-lo o Papa Francisco, nesta quarta-feira (21/06), durante a audiência geral quando manifestou o seu apreço pela campanha para a nova lei migratória “Era estrangeiro – a humanidade que faz bem”, apoiada pela Caritas Italiana, a Fundação Migrantes e outras instituições católicas. Eis, a propósito, as palavras de Francisco durante a audiência geral:


“Por ocasião do Dia Mundial do Refugiado, que a comunidade internacional comemorou ontem, na segunda-feira passada eu quis encontrar uma representação de refugiados que são hospedados pelas paróquias e instituições religiosas de Roma. Queria aproveitar esta ocasião do Dia de ontem para exprimir o meu sincero apreço pela campanha para a nova lei migratória: "Eu era estrangeiro – A Humanidade que faz bom", que conta com o apoio oficial da Caritas italiana, a Fundação Migrantes e de outras Organizações Católicas”
O Papa está, portanto, do lado dos migrantes, porque é o Evangelho que o faz, e nos recorda que proteger estes irmãos e irmãs é um imperativo moral com opções políticas justas e clarividentes.
Por ocasião do Dia Mundial do Refugiado (20/06),  o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur) divulgou um relatório segundo o qual perseguições, conflitos e violência provocaram, até o final de 2016, a fuga de 65 milhões e 600 mil pessoas em todo o mundo, trezentas mil a mais em relação ao ano precedente. A realidade é que em cada três segundos uma pessoa foge de sua casa por causa de guerras, violência ou perseguição.
Um número enorme de pessoas precisam de protecção. As estimativas divulgadas no Dia Mundial do Refugiado falam de pessoas em fuga de um mundo marcado por violência e guerra, com as crianças que representam a metade dos refugiados e com a Síria, Colômbia e Sudão do Sul a serem os países de origem da maior parte dos refugiados.
O número de refugiados no mundo, 22 milhões e 500 mil, tornou-se o mais elevado registrado até agora. Os deslocados dentro do próprio país subiram para 40 milhões e 300 mil, o número de requerentes de asilo no mundo foi de 2 milhões e 800 mil. Os sem nacionalidade ou apátridas são cerca de 10 milhões de pessoas.
Não obstante esses dados, o secretário-geral da ONU, António Guterres, afirmou que os refugiados “nunca perderam os sonhos para seus filhos” ou a vontade de melhorar o mundo. O chefe das Nações Unidas disse que “nunca houve tantas pessoas como agora vivendo o pesadelo de fugir de guerras, desastres naturais ou perseguição”.
Segundo ele, as histórias dessas pessoas são de partir o coração, incluem dificuldades, separação e morte.
Ao mesmo tempo, Guterres afirmou que os refugiados pedem muito pouco em troca, querem apenas o apoio da comunidade internacional neste momento de maior necessidade e também solidariedade. Para o secretário-geral, “é inspirador ver que os países que têm menos recursos são os que mais ajudam os refugiados”. (BS)

Sem comentários:

Enviar um comentário