30 junho, 2017

DIÁLOGOS COM O SENHOR DEUS (15)



 


Senhor, de dentro de mim vem esta vontade de escrever, de colocar no papel aquilo que sinto por Ti, ou apenas conversar e ouvir-Te, mas parece que estou “seco”, frio, sem pensamentos ordenados que expressem o que vivo.

Tens-Me procurado na Eucaristia, Joaquim?

Oh, Senhor, não tanto como preciso, não tanto como devo, não tanto como Te amo!

E, no entanto, tens-me ali, a dois passos de tua casa, não é verdade?

Sim, Senhor, é verdade! Conta-se por segundos o tempo que posso demorar a chegar a Ti, na Eucaristia.

Lembras-te do esforço, dos perigos que tantos correm, nos lugares onde são perseguidos, para chegar até Mim na Eucaristia?

Mais uma vez é verdade, Senhor! E eu sem nada que temer, nem caminhos de risco para percorrer!

Meu filho, aqueles que amam precisam de se procurar, de se encontrar, de se entregar, para cada vez mais conhecerem e fortalecerem o amor que os une.
Eu, meu filho, amo-te incondicionalmente, mas tu, fraco como és humanamente, precisas de Me procurar, de Me encontrar, em todo o tempo e espaço, mas sobretudo na Eucaristia, para melhor Me conheceres, sentires, viveres e assim melhor Me amares, para com o meu amor melhor poderes amar os outros.

Baixo a minha cabeça, o meu olhar para Ti, Senhor, porque a minha preguiça me envergonha!
Hoje recomeço, porque em Ti, tudo é sempre novo!
Obrigado, Senhor!


Monte Real, 30 de Junho de 2017
Joaquim Mexia Alves

Série constante na faixa lateral, em "Pesquisa rápida" -  "DIÁLOGOS COM O SENHOR DEUS"
  

Solenidade de S. Pedro e Paulo, Padroeiros de Roma



(RV) A Praça São Pedro amanheceu em festa hoje, quinta-feira, dia 29 de Junho de 2017, colorida com tapetes de flores de várias confrarias e comunidades que vieram celebrar a Solenidade de São Pedro e Paulo, padroeiros de Roma e alicerces da Igreja Católica.

O Papa Francisco celebrou a missa com os 36 arcebispos metropolitanos nomeados no último ano. Na cerimónia, o Papa abençoou e entregou o pálio aos novos arcebispos. Desde 2015, esta faixa não é mais colocada pessoalmente pelo Papa nos ombros dos arcebispos; a imposição é realizada nas respectivas arquidioceses pelo Núncio Apostólico no país.

O pálio é o símbolo do serviço e da promoção da comunhão na própria Província Eclesiástica e em comunhão com a Sé Apostólica. Elaborado com lã branca, tem cerca de 5cm de largura e dois apêndices – um na frente e outro nas costas. Possui seis cruzes bordadas em lã preta.

É confeccionado pelas monjas beneditinas do Mosteiro de Santa Cecília, em Roma, utilizando a lã de dois cordeiros que são oferecidos ao Papa no dia 21 de Janeiro de cada ano na Solenidade de Santa Inês.

O pálio passou a ser usado pelos Metropolitanos a partir do século VI, tradição que perdura até aos nossos dias. Nos primeiros séculos do Cristianismo, era exclusivo dos Papas.
A liturgia de hoje, disse Francisco, na homilia,  oferece três palavras essenciais para a vida do apóstolo: confissão, perseguição, oração.
“Quem sou Eu para ti?” é, prosseguiu o Papa, a pergunta que Jesus dirige a todos nós e, de modo particular, a nós Pastores. É a pergunta decisiva, face à qual não valem respostas de circunstância, porque está em jogo a vida: e a pergunta da vida pede uma resposta de vida”.

Daí a questão fundamental de saber se, disse o Santo Padre, somos ‘Seus’ não só por palavras, mas com os fatos e a vida:

“Somos cristãos de parlatório, que conversamos sobre como andam as coisas na Igreja e no mundo, ou apóstolos em caminho, que confessam Jesus com a vida, porque O têm no coração?” questionou Francisco advertindo que quem confessa Jesus, faz como Pedro e Paulo: segue-O até ao fim; não até um certo ponto, mas até ao fim, e segue-O pelo seu caminho, não pelos nossos caminhos. 

O Papa passou em seguida à segunda palavra: perseguições.

“Também hoje, disse, em várias partes do mundo, por vezes num clima de silêncio – e, não raro, um silêncio cúmplice –, muitos cristãos são marginalizados, caluniados, discriminados, vítimas de violências mesmo mortais, e não raro sem o devido empenho de quem poderia fazer respeitar os seus direitos sagrados”.

A terceira palavra é oração. Francisco disse

“A vida do apóstolo, que brota da confissão e desagua na oferta, flui dia-a-dia na oração. A oração é a água indispensável que alimenta a esperança e faz crescer a confiança. A oração faz-nos sentir amados e permite-nos amar. Faz-nos avançar nos momentos escuros, porque acende a luz de Deus na escuridão da nossa vida. Na Igreja, é a oração que nos sustenta a todos e nos faz superar as provações. 

Afirmando que “a oração é a força que nos une e sustenta, é o remédio contra o isolamento e a auto-suficiência que levam à morte espiritual”, o Papa exortou:  “Como é urgente haver hoje, na Igreja, mestres de oração, mas antes de tudo, homens e mulheres de oração, que vivem a oração!”.

Concluindo a sua homilia, Francisco assegurou aos cardeais e arcebispos que o Senhor estará perto de todos “na opção de viver para o rebanho imitando o Bom Pastor”, e saudou a delegação do Patriarcado Ecuménico enviada pelo, disse, “querido Irmão Bartolomeu” em sinal de comunhão apostólica.

Papa: os pobres são os primeiros a sentir efeitos da corrupção



(RV) “Encorajo-vos no compromisso, em favor do bem comum no nosso continente americano, e na colaboração entre todos, que possa favorecer a construção de um mundo sempre mais humano e mais justo.”
Foi a exortação do Papa Francisco aos cerca de 200 membros da Organização Internacional Ítalo-Latino-Americana,recebidos em audiência esta sexta-feira (30/06) na Sala Clementina, no Vaticano, por ocasião do 50º aniversário da organização.
No discurso que dirigiu aos presentes, o Santo Padre destacou, entre as finalidade da organização, promover o desenvolvimento e a coordenação, bem como identificar as possibilidades de assistência recíproca e de ação comum entre os países membros.

Atendo-se a este fim, o Pontífice articulou seu discurso em três aspectos que considera importantes para o momento atual: identificar as potencialidades, coordenar e promover.

Discorrendo sobre o primeiro aspecto, Francisco destacou que os países da América Latina são ricos de história, cultura e recursos naturais; ademais, têm um povo “bom” e solidário com os outros povos, como “foi comprovado por ocasião das recentes calamidades naturais, como se ajudaram reciprocamente, dando exemplo a toda a comunidade internacional”.

O Santo Padre observou que todos esses valores sociais estão presentes, mas devem ser apreciados e reforçados:

Apesar desses bens do continente, a atual crise económica e social atingiu a população e produziu o aumento da pobreza, do desemprego, da desigualdade social, bem como a exploração e o abuso da nossa casa comum. Diante dessa situação é preciso uma análise que leve em consideração a realidade das pessoas concretas, a realidade do nosso povo.

Destacando o segundo aspecto, o Papa frisou que é preciso coordenar os esforços para dar respostas concretas e para fazer frente às instâncias e às necessidades dos filhos e das filhas dos nossos países.

“Coordenar não significa deixar que os outros façam e no final aprovar, ao invés, comporta muito tempo e muito esforço; é um trabalho que não aparece e é pouco apreciado, mas necessário”, observou ainda, atendo-se em seguida ao fenómeno da emigração na América Latina:

Diante de um mundo globalizado e sempre mais complexo, a América Latina deve unir os esforços para fazer frente ao fenómeno da emigração; e grande parte de suas causas já deveriam ter sido enfrentadas há muito tempo, mas nunca é tarde demais.
Após recordar que a emigração sempre existiu, frisou que esta nos últimos anos teve um incremento jamais visto antes. “Nosso povo, impelido pela necessidade, vai em busca de ‘novos oásis’, onde possa encontrar maiores estabilidades e um trabalho que assegure maior dignidade à vida”.

Mas nessa busca, acrescentou o Pontífice, muitas pessoas sofrem a violação de seus direitos”; muitas crianças e jovens são vítimas do tráfico de seres humanos e são exploradas, “ou caem nas redes da criminalidade e da violência organizada.

A emigração é um drama de divisão: dividem-se as famílias, os filhos se separam dos pais, distanciam-se da terra de origem, e os próprios governos e os países se dividem diante dessa realidade. É preciso uma política conjunta de cooperação para enfrentar esse fenmeno. Não se trata de buscar culpados e de esquivar-se de responsabilidades, mas todos somos chamados a trabalhar de maneira coordenada e conjunta.

Por fim, atendo-se ao terceiro aspecto, Francisco observou que entre as muitas ações que se poderiam realizar, considera emergir por importância “a promoção de uma cultura do diálogo.

Em seguida, o Santo Padre reconheceu que alguns países da América Latina estão passando por momentos difíceis em nível político, social e econ\mico:

Os cidadãos que dispõem de menos recursos são os primeiros a perceber a corrupção que existe nos vários estratos sociais e a má distribuição das riquezas. Sei que muitos países trabalham e lutam para realizar uma sociedade mais justa, promovendo uma cultura da legalidade”, reconheceu Francisco.

O Papa prosseguiu destacando que “a promoção do diálogo político é essencial, tanto entre os vários membros desta Associação, quanto com os países de outros continentes, de modo especial com os da Europa, por laços que os unem”.

O diálogo é indispensável, concluiu Francisco, “mas não o ‘diálogo entre surdos’! Requer uma atitude receptiva que acolha sugestões e partilhe aspirações”.

A Organização Internacional Ítalo-Latino-Americana é um organismo criado em Roma em 1966, cujos países membros são Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Colômbia, Costa Rica, Cuba, Equador, El Salvador, Guatemala, Haiti, Honduras, Itália, México, Nicarágua, Panamá, Paraguai, Peru, República Dominicana, Uruguai e Venezuela.

(RL)

29 junho, 2017

Programa e Calendário Diocesano 2017 / 2018


Progr. e Calendario 2017-2020


A edição em papel está disponível na Livraria Nova Terra, no Patriarcado de Lisboa e tem um custo de 1€ por exemplar.
Patriarcado de Lisboa

Papa: Pedro e Paulo sigilaram com o próprio sangue o testemunho de Cristo

 

 

(RV) O Papa Francisco rezou a oração mariana do Angelus, nesta quinta-feira (29/06), com os fiéis e peregrinos reunidos na Praça São Pedro, Solenidade dos Santos Pedro e Paulo, que no Brasil será celebrada no próximo domingo.

 

 


Na alocução que precedeu a oração, o Pontífice ressaltou que “os Padres da Igreja amavam comparar os Santos Apóstolos Pedro e Paulo a duas colunas, sobre as quais se apoia a construção visível da Igreja. Eles sigilaram com o próprio sangue o testemunho de Cristo com a pregação e o serviço à comunidade cristã nascente. Este testemunho é evidenciado nas leituras bíblicas da liturgia de hoje, que indicam o motivo pelo qual a sua fé, confessada e anunciada, foi coroada com a prova suprema do martírio.”

Missão

O Livro dos Atos dos Apóstolos conta o evento da prisão e libertação de Pedro. "Ele experimentou a aversão ao Evangelho em Jerusalém onde foi preso por Herodes que tinha a intenção de apresentá-lo ao povo, mas foi salvo de forma milagrosa e pode levar a termo a sua missão evangelizadora, primeiramente na Terra Santa e depois em Roma, dedicando todas as suas forças a serviço da comunidade cristã."

Paulo também experimentou hostilidades e foi libertado pelo Senhor. Enviado por Jesus a várias cidades junto às populações pagãs, “ele encontrou resistências fortes da parte de seus correligionários e também da parte das autoridades civis. Escrevendo ao discípulo Timóteo, reflete sobre a própria vida, o percurso missionário e também sobre as perseguições sofridas por causa do Evangelho”.

Provação

“Estas duas libertações, de Pedro e de Paulo, revelam o caminho comum dos dois Apóstolos que foram enviados por Jesus a anunciar o Evangelho em ambientes difíceis e em certos casos hostis. Ambos, com seus vidas pessoais e eclesiais, nos mostram e nos dizem, hoje, que o Senhor está sempre ao nosso lado, caminha conosco, nunca nos abandona. Especialmente no momento da provação, Deus nos estende a mão, nos ajuda e nos liberta das ameaças dos inimigos. Devemos nos lembrar que o nosso inimigo verdadeiro é o pecado, e o maligno nos empurra para isso.”

Segundo o Papa, “quando nos reconciliamos com Deus, especialmente no Sacramento da Penitência, recebemos a graça do perdão, somos libertados dos vínculos do mal e aliviados do peso de nossos erros. Assim, podemos continuar o nosso percurso de anunciadores alegres e testemunhas do Evangelho, mostrando que nós recebemos por primeiro a misericórdia”.

“A nossa oração hoje à Virgem Maria, Rainha dos Apóstolos, é sobretudo pela Igreja que vive em Roma e por esta cidade que tem como padroeiros os Santos Pedro e Paulo. Que eles  obtenham para essa cidade o bem-estar espiritual e material. A bondade e a graça de Deus sustente todo o povo romano para que viva em fraternidade e concórdia, fazendo resplandecer a fé cristã, testemunhada com coragem pelos Santos Apóstolos Pedro e Paulo.”

Pálios

Após a oração mariana do Angelus, o Papa Francisco recordou a missa celebrada na Basílica Vaticana:

“Esta manhã, aqui na praça, celebrei a Eucaristia com os cinco cardeais criados no Consistório de ontem, e abençoei os Pálios dos Arcebispos Metropolitanos nomeados neste último ano, provenientes de vários países. Saúdo e agradeço a todos eles e também aqueles que os acompanharam nesta peregrinação. Eu os encorajei a prosseguir com alegria a sua missão a serviço do Evangelho, em comunhão com toda a Igreja. Nesta mesma celebração, acolhi com afeto os membros da delegação que veio a Roma, em nome do Patriarca Ecumênico, o querido irmão Bartolomeu. Essa presença é sinal dos laços fraternos existentes entre as nossas Igrejas.”

A seguir, o Papa saudou as famílias, grupos paroquiais, associações e os fiéis provenientes da Itália e várias partes do mundo, sobretudo da Alemanha, Inglaterra, Bolívia, Indonésia e Catar. Saudou também os estudantes das escolas católicas de Salbris, na França, de Osijek, Croácia, e Londres.

Saudou também os fiéis de Roma na festa dos santos padroeiros da cidade. Para essa ocasião, foi promovida a tradicional festa dos tapetes florais, realizados por vários artistas e voluntários. O Papa agradeceu esta iniciativa e recordou a queima de fogos que se realizará, esta noite, na Piazza del Popolo.

(MJ)