31 janeiro, 2016

Concílio Vaticano II será o tema das pregações da Quaresma




(RV) Cidade do Vaticano (RV) – “O Concílio Vaticano II, cinquenta anos depois. Um revisitação do ponto de vista espiritual”, será o tema das pregações da Quaresma deste ano, a cargo do Frei capuchinho Raniero Cantalamessa. As reflexões do Pregador da Casa Pontifícia serão realizadas a partir da sexta feira, 19 de fevereiro, às 9 horas da manhã, na Capela Redemptoris Mater, no Vaticano.


 Os encontros - dirigidos aos Cardeais, Arcebispos, Bispos, Prelados da Família Pontifícia, da Cúria de Roma e do Vicariato de Roma, Superiores Gerais ou Procuradores das Ordens Religiosas, prosseguirão nas sextas-feiras da Quaresma 26 de fevereiro e 4, 11 e 18 de março.(JE)

Angelus: anunciar Jesus sem exclusão e sem privilégios

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(RV) Domingo, 31 de Janeiro, Angelus com o Papa Francisco na Praça de S. Pedro: na sua mensagem o Santo Padre afirmou que nenhuma condição humana pode constituir motivo de exclusão do coração do Pai, e que o único privilégio aos olhos de Deus é aquele de não ter privilégios.

O Papa Francisco começou por comentar o Evangelho deste domingo que nos leva de novo à sinagoga de Nazaré na Galileia onde Jesus cresceu em família e é conhecido por todos. A sua vida pública tinha sido já iniciada e Ele regressa em dia de sábado à sinagoga apresentando-se à comunidade.

Jesus lê a passagem do profeta Isaías que fala do futuro Messias – lembrou o Santo Padre – e Jesus declara, como nos escreve S. Lucas, que “cumpriu-se hoje mesmo esta passagem da Escritura que acabais de ouvir”.

“Os concidadãos de Jesus” – disse o Papa – começaram a murmurar entre eles e a dizer: ”porque é que este que pretende ser o Consagrado do Senhor, não repete aqui na sua cidade, os prodígios que se diz ter feito em Cafarnaum…?

A este propósito Jesus afirma: “Nenhum profeta é bem aceite na sua pátria” – recordou o Papa que salientou o facto de Jesus ter sido dali expulso.

“Esta passagem do Evangelho” – sublinhou o Santo Padre – “não é simplesmente a descrição de um litígio entre vizinhos”, mas coloca em destaque uma tentação do homem religioso: “considerar a religião como um investimento humano e, por consequência, colocar-se a “contratar com Deus procurando o seu próprio interesse”. E o ministério profético de Jesus é anunciar sem ser excluído e sem privilégios – afirmou o Papa Francisco:

“… anunciar que nenhuma condição humana pode constituir motivo de exclusão do coração do Pai, e que o único privilégio aos olhos de Deus é aquele de não ter privilégios, de estar abandonado nas suas mãos.”

Também “hoje”, nesta praça “cumpriu-se” a Escritura, proclamada por Jesus na sinagoga – salientou o Papa dizendo que é sempre Jesus que “faz o primeiro passo” para vir ao nosso encontro visitando-nos com a sua misericórdia para nos levantar do “nosso orgulho e nos convida a acolher a consoladora verdade do Evangelho e a caminhar nos caminhos do bem”.

Após a oração do Angelus o Papa Francisco recordou, em particular, o Dia Mundial dos Doentes de Lepra e saudou os muitos jovens e adolescentes da Ação Católica da Diocese de Roma presentes na Praça de S. Pedro com a iniciativa “Caravana pela Paz”.

Dois deles juntaram-se ao Papa na Janela do Palácio Apostólico e leram um pequeno texto no qual sublinharam o seu empenho pela paz.

O Papa Francisco a todos desejou um bom domingo e um bom almoço.

(RS)

Mensagem do Papa ao Congresso Eucarístico Internacional




(RV) O Papa Francisco enviou uma videomensagem neste domingo, dia 31, aos participantes do 51° Congresso Eucarístico Internacional que se realiza em Cebu, nas Filipinas, onde anunciou que o próximo Congresso será realizado em Budapest, em 2020. Publicamos aqui o texto integral da mensagem do Santo Padre:

“Queridos irmãos e irmãs,

Saúdo a todos vocês reunidos em Cebu para o 51° Congresso Eucarístico Internacional. Agradeço ao Cardeal Bo, que é o meu representante entre vocês e dirijo uma saudação especial ao Cardeal Vidal, Arcebispo de Palma e aos bispos, sacerdotes e fieis de Cebu. Saúdo também o Cardeal Tagle e todos os católicos das Filipinas. Estou particularmente contente que este Congresso tenha reunido tantas pessoas do vasto continente asiático e de todo o mundo.

Há apenas um ano visitei as Filipinas logo após o tufão Yolanda. Pude constatar pessoalmente a profunda fé e resiliência de seu povo. Sob a proteção do Santo Niño, o povo filipino recebeu o Evangelho de Jesus Cristo há quinhentos anos. Desde então, os filipinos deram ao mundo um exemplo de fidelidade e de profunda devoção ao Senhor e à sua Igreja. Foram também um povo de missionários, que difundiu a luz do Evangelho na Ásia e até os extremos confins da terra.

O tema do Congresso Eucarístico – “Cristo em vós, a nossa esperança de glória” – é de grande atualidade. Ele nos recorda que Jesus Ressuscitado está sempre vivo e presente na sua Igreja, sobretudo na Eucaristia, Sacramento de Seu Corpo e Sangue. A presença de Cristo em meio a nós não é somente uma consolação, mas também uma promessa e um convite. É uma promessa de que uma eterna alegria e paz serão nossas, um dia, na plenitude de seu Reino. Mas é também um convite a seguir em frente como missionários, para levar a mensagem da ternura, do perdão e da misericórdia do Pai a todos os homens, mulheres e crianças.

Como o nosso mundo tem necessidade desta mensagem! Quando pensamos nos conflitos, nas injustiças e nas urgentes crises humanitárias que marcam o nosso tempo, nos damos conta do quanto é importante para cada cristão ser um verdadeiro discípulo missionário que leva a boa nova do amor redentor de Cristo a um mundo que tem tanta necessidade de reconciliação, justiça e paz.

Assim é apropriado que este Congresso tenha sido celebrado no Ano da Misericórdia, em que toda a Igreja é convidada a concentrar-se no coração do Evangelho: a Misericórdia. Somos chamados a levar o bálsamo do amor misericordioso de Deus a toda família humana, a enfaixar as feridas, levando a esperança onde tão frequentemente parece que o desespero tem a soberania.

Enquanto vocês se preparam para “ir em frente” na conclusão deste Congesso Eucarístico, existem dois gestos de Jesus durante a Última Ceia, sobre os quais vos peço para refletir. Ambos têm a ver com a dimensão missionária da Eucaristia. São a mesa da comunhão e o lava-pés.

Sabemos como era importante para Jesus compartilhar as refeições com os seus discípulos, mas também, e sobretudo, com os pecadores e os marginalizados. Sentado à mesa, Jesus foi capaz de ouvir os outros, as suas histórias, de entender as suas esperanças e aspirações, e de falar a eles do amor do Pai. Em cada Eucaristia, na mesa da Ceia do Senhor, devemos ser inspirados a seguir o seu exemplo, estendendo a mão ao outro, com um espírito de respeito e de abertura, com o objetivo de compartilhar com eles o dom que nós mesmos recebemos.

Na Ásia, onde a Igreja está comprometida em um diálogo respeitoso com os seguidores de outras religiões, este testemunho profético ocorre frequentemente, como sabemos, através do diálogo da vida. Por meio do testemunho de vidas transformadas pelo amor de Deus, nós proclamamos melhor a promessa do Reino de reconciliação, justiça e unidade para a família humana. O nosso exemplo pode abrir os corações à graça do Espírito Santo que os conduz a Cristo Salvador.

A outra imagem que o Senhor nos oferece durante a Última Ceia é o lavar os pés. Na véspera de sua Paixão, Jesus lavou os pés de seus discípulos como sinal de humilde serviço, de amor incondicional com o qual deu a sua vida na Cruz para salvar o mundo. A Eucaristia é escola de humilde serviço. Nos ensina a prontidão em ajudar os outros. Também isto está ao coração do discipulado missionário.

Aqui eu penso no pós-tufão. Ele provocou uma imensa destruição nas Filipinas, mas também trouxe em si uma grandíssima profusão de solidariedade, generosidade e bondade. As pessoas passaram a reconstruir não somente as casas, mas as vidas. A Eucaristia nos fala desta força, que brota a partir da Cruz e leva continuamente à nova vida. Muda os corações. Ela nos permite a ter cuidado e a proteger os pobres e os vulneráveis e a sermos sensíveis ao grito de nossos irmãos e irmãs que têm necessidade. Nos ensina a agir com integridade e a rejeitar a injustiça e a corrupção que envenenam a sociedade em suas raízes.

Queridos amigos, que este Congresso Eucarístico possa  fortalecer o vosso amor por Cristo presente na Eucaristia. Que ele possa vos permitir, como discípulos missionários, levar esta grande experiência de comunhão eclesial e de impulso missionário às vossas famílias, às vossas paróquias e comunidades e às vossas Igrejas locais. Possa ser fermento de reconciliação e de paz para o mundo inteiro.

Assim, ao final do Congresso, tenho a alegria de anunciar que o próximo Congresso Eucarístico Internacional terá lugar em 2020 em Budapest, na Hungria. Peço a todos vocês para unirem-se a mim na oração pela fecundidade espiritual e pela efusão do Espírito Santo sobre todos aqueles que estarão comprometidos na sua preparação. Ao retornarem para suas casas, renovados na fé, concedo de coração a minha Bênção Apostólica a vocês e suas famílias, como penhor de constante alegria e de paz no Senhor.

Deus vos abençoe, Pai e Filho e Espírito Santo

Papa Francisco

30 janeiro, 2016

ABRIR O CORAÇÃO AO AMOR

 
 
 
 
Mansamente,
cheio de amor,
Ele bate à porta da nossa vida.

Meigamente,
com a voz repassada de ternura,
Ele pergunta se pode entrar.

Franqueamos-lhe a porta,
abrimos-lhe a nossa vida,
entregamos-lhe o nosso coração.

Olhos nos olhos,
diz-nos com um sorriso humilde,
quase tímido:
Amo-te, 
por isso dei a minha vida por ti!

Já nada interessa,
(embora tudo interesse),
já não há mundo,
(embora nós o vivamos),
já não há mais ninguém,
(embora a todos queiramos ter),
porque Ele,
com o seu amor,
nos ensina a viver.

Na Cruz,
com Jesus,
encontramos a Luz,
que nos faz sonhar ...
a realidade
de a todos podermos amar.


Joaquim Mexia Alves

Marinha Grande, 30 de Janeiro de 2016

Papa: rezar pelos defuntos e consolar os aflitos


(RV) Nas saudações em italiano nesta audiência jubilar o Papa Francisco pediu aos fiéis para rezarem pelos defuntos e para consolarem os aflitos. Em particular invocou a memória de uma funcionária da Casa Santa Marta, que é a residência do Papa, e que faleceu nesta sexta-feira dia 29:


“Quero dizer-vos que o Papa está um pouco triste porque ontem faleceu uma senhora que nos ajuda tanto, há anos, e também o seu marido aqui trabalha connosco nesta casa. Depois de uma longa doença, o Senhor chamou-a para si. Chama-se Elvira. Eu convido-vos a fazer duas obras de misericórdia, rezar pelos defuntos e consolar os aflitos.”

O Santo Padre pediu aos fieis para com ele rezarem uma Avé-Maria.

(RS)

Audiência Jubilar: portadores de Cristo em misericórdia


(RV) Sábado, 30 de janeiro – primeira audiência especial no Jubileu da Misericórdia. Por ocasião do Ano Santo o Papa Francisco fará uma vez por mês ao sábado, uma audiência jubilar para os peregrinos da Misericórdia.

Na catequese desta audiência o Santo Padre falou sobre misericórdia e a missão, sublinhando que existe uma estreita ligação entre a misericórdia e a missão pois quando recebemos uma bela notícia, quando experimentamos uma alegria, é natural que tenhamos o desejo de transmiti-la aos outros. Por isso, como aconteceu com os primeiros discípulos, o sinal concreto de que realmente encontramos Jesus é que experimentemos a alegria de querer comunica-lo a quem está ao nosso redor. Tal como aconteceu com os discípulos:

“Lendo o Evangelho vemos que esta foi a experiência dos primeiros discípulos: depois do primeiro encontro com Jesus, André foi dizê-lo imediatamente ao seu irmão Pedro e a mesma coisa fez Filipe com Natanael. Encontrar Jesus equivale a encontrar-se com o seu amor.”

Todo o cristão deve ser um Cristóforo, ou seja, um portador de Cristo – salientou o Santo Padre – pois a misericórdia que recebemos do Pai, em Cristo, não nos é dada como uma consolação privada, mas chama-nos a sermos instrumentos para que outras pessoas também possam receber este dom. Somos, assim, missionários da misericórdia:

“Viver de misericórdia torna-nos missionários da misericórdia, e ser missionários permite-nos crescer sempre mais na misericórdia de Deus. Portanto, tomemos seriamente o nosso ser cristãos e empenhemo-nos a viver como crentes, porque só assim o Evangelho pode tocar o coração das pessoas e abri-lo a receber a graça do amor. A receber esta grande misericórdia de Deus que acolhe todos.”

Nas saudações o Santo Padre dirigiu-se também aos peregrinos de língua portuguesa:

“De coração saúdo todos os peregrinos de língua portuguesa. Sede bem-vindos! Neste Ano Santo da Misericórdia, somos chamados a reconhecer que necessitamos do perdão que Deus nos oferece gratuitamente, pois quando somos humildes, o Senhor nos torna mais fortes e alegres na nossa fé cristã. Desça, generosa, pela intercessão da Virgem Maria, a Bênção de Deus sobre cada um de vós e vossas famílias.”

Nas saudações em italiano nesta audiência jubilar o Papa Francisco invocou a memória de uma funcionária da Casa Santa Marta, que é a residência do Papa, e que faleceu nesta sexta-feira dia 29:
“Quero dizer-vos que o Papa está um pouco triste porque ontem faleceu uma senhora que nos ajuda tanto, há anos, e também o seu marido aqui trabalha connosco nesta casa. Depois de uma longa doença, o Senhor chamou-a para si. Chama-se Elvira. Eu convido-vos a fazer duas obras de misericórdia, rezar pelos defuntos e consolar os aflitos.”

O Santo Padre pediu aos fieis para com ele rezarem uma Avé-Maria.

O Papa Francisco a todos deu a sua benção!

(RS)