26 agosto, 2016

Francisco encontra as Irmãs Clarissas de Clausura




(RV) Cidade do Vaticano – O Papa encontrou na manhã desta quinta-feira (25/08), na Casa Santa Marta, as Irmãs de Clausura que vivem no Mosteiro de Santa Maria de Vallegloria, situado nas imediações de Assis.

 Francisco entregou às consagradas e, simbolicamente, a todas as Comunidades de Clausuras do mundo a Constituição Apostólica “Vultum Dei quaerere” (“Em busca da Face de Deus”), dedicada à vida contemplativa feminina.

Por sua vez, as Irmãs Clarissas deram ao Papa uma cópia do Crucifixo de São Damião, pintado pela abadessa Maria Chiara Mosetti. As 24 Irmãs Clarissas, uma Noviça e duas Postulantes, estavam acompanhadas pelo Bispo de Foligno, Dom Gualtiero Sigismondi, Presidente da Comissão para o Clero e a Vida Consagrada da Conferência Episcopal Italiana (CEI).

Não faltaram momentos de oração comum no encontro do Papa com as Clarissas, vividos em espírito de partilha espiritual alegre e fraterna. O Papa presidiu à celebração Eucarística concelebrada pelo Bispo de Foligno e enriquecida pela suavidade dos cantos das religiosas. As intenções da Missa foram oferecidas pelas vítimas do terramoto no centro da Itália.

A este propósito, é de recordar que esta Comunidade de Clausura do Mosteiro de Santa Maria de Vallegloria está situado na região italiana da Úmbria, duramente atingida pelo terramoto de 1997, que obrigou as religiosas a viver por 14 anos num container.

Na sua homilia, Francisco recordou o valor da oração, ponto central da vida contemplativa de clausura, que sintetizou em três palavras: riqueza, testemunho e esperança. A “riqueza”, disse o Papa, não deve ser material, mas espiritual; a verdadeira riqueza dos consagrados são dons do Senhor, que são recebidos gratuitamente. Esta riqueza, prosseguiu Francisco, nos leva ao “testemunho” da vida.

“Vós, disse, sois Irmãs de Clausura e ninguém vos vê. Porém, as pessoas reconhecem o valor do vosso testemunho de vida. Vocês transmitem, com a contemplação e a oração, a vida de Jesus, centro da nossa vida. Mediante as vossas orações, vós sustentais a Igreja e o mundo. Este é o vosso verdadeiro testemunho” de vida.

A seguir, falando da “esperança”, o Papa disse: “Vós sois portadoras e semeadoras da esperança da vinda do Esposo: a  esperança de encontrar o Senhor. É desta esperança que nasce a verdadeira alegria da vida consagrada. O Senhor nos chama à felicidade”.

O Papa concluiu a sua homilia exortando as religiosas a agradecerem sempre ao Senhor pela vida comunitária e a manterem a comunhão fraterna, demonstrando ser pessoas “ricas dos dons divinos”.

Após a Santa Missa, as Irmãs Clarissas deixaram a Casa Santa Marta e se dirigiram à Basílica de São Pedro onde passaram pela Porta Santa do Ano Santo da Misericórdia. As consagradas rezaram o Credo e se detiveram em oração diante dos túmulos de São João XXIII e São João Paulo II.

Por fim, as Irmãs Clarissas do Mosteiro de Santa Maria de Vallegloria regressaram à Casa Santa Marta, onde almoçaram com o Papa Francisco.

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