05 novembro, 2015

Papa: o cristão inclui, não fecha as portas, o fariseu exclui

(RV) Quinta-feira, 5 de Novembro – na Missa na Capela da Casa de Santa Marta o Papa Francisco afirmou que o cristão inclui, não fecha portas, mesmo que isso traga resistências. Ao contrário os fariseus excluem: acreditam serem melhores, geram conflitos e divisões.

Na sua homilia o Santo Padre comentou a Carta aos Romanos, em que S. Paulo exorta a não julgar e a não desprezar o irmão. No Evangelho do dia que nos apresenta S. Lucas aproximam-se de Jesus os publicanos, ou seja, os excluídos, os que estavam e fora e “os fariseus e os escribas murmuravam”:

“A atitude dos escribas e dos fariseus é a mesma, excluem: ‘Nós somos os perfeitos, nós seguimos a lei. Eles são pecadores, são publicanos’. E a atitude de Jesus é incluir. Existem dois caminhos na vida: o caminho da exclusão das pessoas da nossa comunidade e o caminho da inclusão. O primeiro pode ser pequeno, mas é a raiz de todas as guerras: todas as calamidades, todas as guerras, começam com uma exclusão. Exclui-se da comunidade internacional, mas também das famílias, entre os amigos, quantos conflitos... E o caminho que Jesus nos mostra e nos ensina é contrário ao outro: é incluir”.

“Não é fácil incluir as pessoas – observou o Papa – porque há resistência, há aquela atitude seletiva”. Por isso, Jesus conta duas parábolas: a da ovelha perdida e a da mulher que perde uma moeda. Seja o pastor, seja a mulher fazem de tudo para encontrar aquilo que perderam. E quando conseguem, enchem-se de alegria:

“Estão alegres porque encontraram aquilo que estava perdido e vão ter com os amigos, com os vizinhos, porque estão muito felizes: ‘Encontrei, incluí’. Isto é a inclusão de Deus, é contra a exclusão de quem julga, que expulsa o povo, as pessoas... ‘não, este não, aquele não...’ e constrói um pequeno círculos de amigos que é o seu ambiente. É a dialética entre exclusão e inclusão. Deus incluiu todos nós na salvação, todos! Este é o início.”

(RS)

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